O Estado de S. Paulo, n. 46628, 16/06/2021. Política, p. A4
PT decide aderir aos atos contra Bolsonaro
O PT decidiu aderir às manifestações de rua contra o governo federal programadas para o próximo sábado, após uma participação tímida no último ato, há pouco mais de duas semanas.
O partido divulgou uma nota oficial ontem na qual promete se somar aos movimentos sociais “no apoio e participação das novas e ainda mais vigorosas manifestações”.
Até a realização dos protestos no dia 29 de junho, uma ala do PT defendia a tese de que o apoio ao presidente Jair Bolsonaro iria se manter em queda sem a necessidade da convocação de atos de rua. O termo usado para a estratégia era “deixar sangrar” a popularidade do presidente.
Ao contrário das manifestações programados para sábado, o PT não divulgou os atos do dia 29 com antecedência.
Líderes partidários mantinham o discurso de que era necessário respeitar a autonomia dos movimentos sociais que defendiam os protestos, organizados pela Frente Brasil Popular e a Frente Brasil Sem Medo.
Na mesma semana, em junho, o partido e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) organizaram um ato simbólico em Brasília, mas evitaram organizar manifestações presenciais em outras cidades – o que mudou com a convocação de ontem. “É nas redes e nas ruas, com máscara PFF2 ou similar, álcool em gel e distanciamento social, que vamos construir a verdadeira frente em defesa da vida, da democracia e da esperança na reconstrução do Brasil”, diz a nota do partido.