Título: Um sonho de pai para filho
Autor: Ricardo Monteiro, Sabrina Lorenzi, Gisele Saporito
Fonte: Jornal do Brasil, 24/06/2005, Economia & Negócios, p. A22

O Pólo Gás-Químico do Rio de Janeiro nasceu depois de quase 20 anos de espera. Idealizado em 1986 pelo empresário Paulo Fontainha Geyer, cujo pioneirismo era proporcional à paixão pelas artes plásticas, o projeto constituía uma solução para driblar os limites da oferta nacional de nafta, uma matéria-prima cara e cuja escassez tornava pouco competitivo um projeto com a escala do empreendimento.

Munido do mesmo pioneirismo que demonstraria com o Pólo Gás-Químico, Geyer fundou em 1967 o primeiro pólo petroquímico do país, a Petroquímica União (PQU), em Capuava (SP). Junto com outro empresário também conhecido pelo pioneirismo, Max Feffer, da Companhia Suzano de Papel e Celulose, Geyer fundou a Rio Polímeros em 1986.

As dificuldades para viabilizar um empreendimento com a escala e características do Pólo Gás-Químico contribuíram, porém, para adiar o projeto por 19 anos. A demora fez com que tanto Feffer quanto Geyer não vissem o sonho realizado. A morte dos dois, em 2000 e em novembro do ano passado, respectivamente, transferiu para os filhos - Alberto Geyer e David Feffer - a responsabilidade por inaugurar o novo Pólo.