Título: Olhos D'Água, exemplo para o DF
Autor: Adriana Bernardes
Fonte: Jornal do Brasil, 26/06/2005, Brasília, p. D4

A Secretaria de Administração de Parques tem sob sua responsabilidade 65 parques e 17 Unidades de Conservação. O parque Ecológico e de Uso Múltiplo Olhos D'Água, está entre eles. Localizado no fim da Asa Norte, foi criado depois de muita briga da comunidade. Hoje, os 21 hectares estão cercados. Ali dentro, corre protegido o Córrego Olhos D'água e a Lagoa do Sapo. Este é um exemplo de parque que foi implantado. A reforma do alambrado está praticamente concluída. Lá dentro os visitantes podem usufruir de uma pista de Cooper, circuito inteligente de ginástica, trilhas, parque infantil, duchas, bebedouro e quiosque. Tudo muito bem conservado. Espécies típicas do cerrado, entre elas, o pequi, jacarandá do cerrado, pau-jacaré, angico, copaíba e barbatimão estão protegidas. É comum os freqüentadores avistarem animais como o gambá e preá. Nos fins de semana, a média de público chega a 1,5 mil pessoas. Mas todos dias tem gente caminhando no local. O gerente de operações Luiz Melo, freqüenta o lugar desde criança. Diz que a Lago do Sapo era conhecida como ''Banho dos Elefantes''. Também se lembra da época em que a área começou a ser invadida e degradada.

- Com o cercamento melhorou 100%. Eu mesmo assinei vários abaixo-assinados para a criação do parque. Todo dia que você vem aqui as trilhas estão limpas, tudo muito bem cuidado - elogia Melo.

Mas para alguns isso não é suficiente. Ricardo Montalvão, presidente da Associação Brasiliense pela Qualidade de Vida (Abravida), entrou na Justiça para conseguir a ampliação do parque.

Quer que duas nascentes que abastecem o córrego Olhos D'água sejam incluidas nos limites do parque.

- É preciso incluir a entrequadra 212/13 Norte e a área do canto sudeste da SQN 213. A última notícia que soubemos é existe um estudo da UnB dizendo que aquele área não tem nascente. Como é que se explica então o fato de eu ter dois certificados do adote uma nascente da Semarh? - pergunta Montalvão.

Outra sugestão da Abravida é criar um corredor ecológico que faria a ligação entre córrego das nascentes até o Lago Paranoá. Isso através de passagens subterrâneas ecologicamente apropriadas que permitam a livre circulação da fauna, flora, da água do córrego e de pedestres.