Título: Investimento caiu com estagnação
Autor: Sabrina Lorenzi
Fonte: Jornal do Brasil, 25/06/2005, Economia & Negócios, p. A18

O cenário econômico menos favorável determinou o encolhimento dos recursos destinados à inovação em 2003. Apenas 2,5% da receita líquida eram destinados ao desenvolvimento de novos processos e produtos naquele ano, contra 3,8% em 2000. A pesquisa também mostra que somente oito das 32 atividades registraram crescimento no esforço inovador, com destaque para fabricação de outros equipamentos de transporte (de 5,9% para 8,6%); fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática (de 3,1% para 5,5%) e fabricação de material eletrônico básico (de 4% para 5,2%). As outras cinco, com percentuais abaixo da média da indústria, são de médio-baixo ou baixo dinamismo tecnológico: confecção de artigos de vestuário e acessórios; preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados; fabricação de coque, álcool e elaboração de combustíveis nucleares; indústrias extrativas; e fabricação de bebidas (1,3%).

A pesquisa do IBGE apontou, porém, aumento significativo no uso de duas fontes de informação: empresas de consultoria (de 10,8% para 13,1%) e a internet (de 33,1% para 46%), uma ferramenta de pesquisa cada vez mais importante, utilizada por quase metade das empresas inovadoras.

As fontes de inspiração para inovações eram, em 2003, as áreas internas da empresa (62,7%), fornecedores (59,1%), feiras (58,4%) e clientes ou concorrentes (53,4%). As menos utilizadas foram outra empresa do grupo (5,1%) e aquisição de licenças, patentes e know-how (2,9%).