Título: IRB terá inquérito
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Fonte: Jornal do Brasil, 29/06/2005, País, p. A4

O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Marfan Vieira, vai pedir a abertura de inquéritos policial para apurar supostas irregularidades cometidas por ex-dirigentes do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) suspeitos de integrar um esquema de arrecadação de dinheiro para partidos políticos, em especial o PTB e o PP, que os apadrinhavam na estatal.

Os inquéritos vão partir dos indícios de tráfico de influência e de improbidade administrativa apontados pela comissão de sindicância criada pelo próprio IRB, cujo relatório foi concluído na semana passada e enviado a Marfan Vieira e ao Ministério Público Federal, na última sexta-feira.

O coordenador das promotorias de investigação penal do Ministério Público estadual, Rubens Vianna, examinou o relatório da sindicância e qualificou de ''muito grave'' o acordo que levou a companhia de seguros Aliança da Bahia a pagar indenização de R$ 15 milhões à Companhia de Fiação e Tecidos Guaratinguetá. O acordo foi firmado na Justiça, em dezembro.

A sindicância responsabili

zou os então diretores Carlos Murilo Barbosa Lima, indicado pelo senador Edison Lobão (PFL-MA), e Luiz Appolonio Neto, sobrinho do deputado Delfim Netto (PP-SP), pelos acordos. Appolonio presidiu a estatal por dois meses, em substituição a Lídio Duarte, afastado no fim de março.