Título: Militar americano é resgatado
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Fonte: Jornal do Brasil, 04/07/2005, Internacional, p. A8
Um militar americano que estava desaparecido desde terça-feira, na província de Kunar, foi resgatado ontem no Afeganistão. O soldado fazia parte de um grupo de quatro membros de uma unidade de operações especiais. Na terça-feira, um helicóptero que havia sido enviado para buscar os militares foi abatido.
Segundo autoridades americanas, o soldado resgatado conseguiu evitar ser capturado por insurgentes e está em boas condições de saúde. Ele teria se escondido em uma região montanhosa.
A primeira tentativa de busca, na terça-feira, terminou com a morte de 16 militares americanos, alguns de alta patente. O helicóptero Chinook MH-47, enviado para o resgate, foi abatido. Suspeita-se que a aeronave tenha sido atingida por uma granada.
A queda do helicóptero representou, para os americanos, a pior mortandade de militares desde o começo da guerra no Afeganistão, há quase quatro anos.
Ainda não há notícias dos outros três soldados desaparecidos em solo. O último contato da unidade especial de reconhecimento foi quando os militares chamaram reforços para enfrentar os insurgentes. As forças americanas estavam participando da Operação Unidade Vermelha, uma tentativa de derrotar terroristas na província de Kunar. Quando as forças americanas chegaram ao local da queda do helicóptero, a unidade não estava mais lá. Não havia sinais de combate ou vestígios de sangue. Outras tentativas de resgate foram abortadas por causa do mau tempo.
Os talibãs, que governaram o país de 1996 até 2001, quando foram depostos por militares americanos, assumiram a autoria da derrubada da aeronave. Entre as vítimas da queda estavam oito oficiais da marinha e oito de batalhões de aviação.
A tripulação de outra aeronave viu fumaça em um campo de insurgentes momentos antes da queda, o que indicaria o lançamento de um míssil. No Sul do país, forças americanas e afegãs mataram cinco suspeitos de envolvimento com os talibãs e insurgentes em motocicletas assassinaram o clérigo pró-governo Mohammad Nabi Misbah.