Título: Rede Rio em alta velocidade
Autor: Marcela Canavarro
Fonte: Jornal do Brasil, 04/07/2005, Economia & Negócios, p. A20

Lançada em 1992, a Rede Rio é hoje a primeira rede de comunicação no Brasil que funciona à velocidade de 1 gigabit (1 bilhão de bits) por segundo. Apesar do upgrade de velocidade de 155 Mbit/s para 1 Gbits/s não ter sido oficialmente lançado, a rede já conecta em alta velocidade 400 mil pessoas de 19 instituições de ensino e pesquisa, públicas e privadas, do Estado do Rio de Janeiro.

O projeto nasceu da necessidade de prover infra-estrutura para o desenvolvimento tecnológico do estado, que concentra algumas das principais universidades e centros de pesquisa do país, como UFRJ, PUC e o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

Através da rede, os diversos atores envolvidos nestas instituições - de alunos a PhDs - têm acesso parcial ou integral a obras científicas e de pesquisa e se conectam à internet em alta velocidade para a troca de material, ensino à distância e programas de cooperação. A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) é o órgão responsável pelo financiamento e coordenação da Rede Rio.

O aumento da velocidade consumiu R$ 15 milhões dos R$ 57 milhões orçados para a Rede Rio. Desse total, R$ 20 milhões são recursos estaduais e R$ 37 milhões, federais. O projeto completo prevê estender a conexão em alta velocidade para outros setores da administração pública.

De acordo com o ex-coordenador geral da Rede Rio, Emmanuel Passos, que esteve presente na mesa-redonda promovida pelo Jornal do Brasil, em apenas um mês é possível ampliar a atual rede para hospitais estaduais, instituições de ensino à distância e órgãos da administração pública. Os locais que ainda não possuem a atual infra-estrutura seriam atendidos em até dois anos.

- O projeto dessas três novas frentes está pronto, só falta conseguir os recursos, da ordem de R$ 5 milhões. Acredito que o governo do estado libere esta verba até o fim do mandato, em 2006 - afirma Emmanuel, lembrando que parte dos recursos contingenciados do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), da ordem de R$ 4 bilhões, poderia servir ao propósito. (M.C.)