Título: Museu da Memória Candanga mais atraente
Autor: Danyella Proença
Fonte: Jornal do Brasil, 07/07/2005, Brasília, p. D1

O Museu Vivo da Memória Candanga inaugurou ontem um complexo cultural que deve servir para impulsionar o número de visitas ao local. Situado no Núcleo Bandeirante, na área do antigo Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira ( HJKO), o museu sofre com o desconhecimento e a falta de interesse de boa parte dos brasilienses. Agora, com a a inauguração de uma biblioteca, uma sala de projeção de vídeo com equipamentos de ponta e um telecentro de inclusão digital, a meta é aumentar em até cem vezes o público diário. Normalmente, o museu recebe entre 20 e 40 pessoas por dia, fora as visitas guiadas de escolas. Segundo a administradora do museu, a ex-secretária de Cultura Maria Luiza Dornas, a nova biblioteca conta com um acervo de mais de 2.800 títulos. Entre o material reunido, estão livros, jornais de época, revistas, catálogos e materiais raros (como a primeira revista editada pela Novacap). Também está sendo organizada uma coleção de vídeos, CDs e discos produzidos por artistas locais. A intenção, de acordo com Dornas, é reunir tudo o que diga respeito à memória da cidade ou que seja produzido por moradores daqui.

Luiza Dornas é presidente da Arte e Vida, Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) responsável pela gestão do museu. De acordo com ela, as mudanças devem tornar o local mais convidativo. O telecentro, por exemplo, conta com dez computadores com acesso à Internet. O objetivo é dar suporte aos visitantes que queiram fazer uma pesquisa. Nos próximos meses, cursos de inclusão digital serão iniciados. Já a sala de projeção conta com um home theater, que deve ser usado em mostras de cinema. Por enquanto, os visitantes já podem assistir a vídeos sobre Brasília, pertencentes ao acervo. Futuramente, o plano é exibir obras de cineastas da cidade.

O Museu Vivo da Memória Candanga está recebendo doações de qualquer material que ajude a remontar a história de Brasília. Luiza Dornas pede aos artistas da cidade que enviem suas produções, assegurando que o museu trabalha para se tornar um pólo cultural:

- Se as pessoas tomarem conhecimento desse espaço, podemos montar um acervo bastante rico. Brasiliense que é brasiliense precisa visitar o museu - destaca Dornas. O Museu Vivo da Memória Candanga funciona de terça a domingo, das 9h às 18h. A entrada é gratuita.