Título: Negócios demorados
Autor: Claudia Mancini
Fonte: Jornal do Brasil, 30/05/2005, Economia & Negócios, p. A17

Do lado brasileiro sabe-se que os negócios podem levar algum tempo para mostrar um crescimento significativo com a segunda maior economia do mundo (com PIB de U$ 4,7 trilhões), ainda mais quando se trata de um país avesso a riscos.

- Os negócios não acontecem da noite para o dia - afirmou o vice-presidente da CNI, José Freitas de Mascarenhas. E sabe-se também que a reaproximação que o Brasil busca com o Japão deverá ser diferente da vista nos anos 60 e 70, fortemente promovida por projetos do governo.

- Precisamos descobrir novos caminhos para a relação ocorrer - afirmou Mascarenhas.

Isso passa em boa parte pelo setor privado. No início da década de 70 o Brasil chegou a ficar com 10% do investimento japonês no exterior. O percentual foi caindo e de lá até 2003 a média foi de 1,8%.

Um estímulo para as negociações para atração de investimentos foi o café da manhã com Lula, onde estavam presentes representantes de empresas como Mitsubishi, Honda, Oji Paper, Sony, Toshiba e Nippon Steel.