Título: Longa espera para manobrar embarcações
Autor: Daniele Carvalho
Fonte: Jornal do Brasil, 30/05/2005, Economia & Negócios, p. A21

Para evitar problemas como o ocorrido com o CMA-CGM Carioca, o porto deverá instalar outras cinco balanças para contêineres, algumas ainda este ano. Está prevista, ainda, a compra de novos guindastes para dinamizar as operações.

Em relação à área disponível, nos próximos meses deverão ser alfandegados mais 15 mil metros quadrados, na chamada área B. Também está em andamento a desapropriação de outros 29 mil metros quadrados. O processo, no entanto, tem sido lento.

Resta, ainda, a área D, com 5,8 mil metros quadrados, esta da iniciativa privada. O local está sendo preparado para receber carga segregada. Outra área em anexo, com 8,4 mil metros quadrados, também particular, está na mira para ser alugada.

Outro problema do porto está no calado, de apenas nove metros, o que impede a entrada de navios totalmente cheios ou de maior porte. A administração quer aprofundá-lo, chegando próximo dos 11 metros.

Com as obras, que incluem a construção de mais um berço para atracação e três novos portões, a administração do terminal espera crescer ainda mais o volume movimentado. Os recursos para o investimento são provenientes do governo federal, que destinou R$ 46,7 milhões por meio da Agenda Portos, e do Teconvi, com outros R$ 100 milhões.

Com o navio devidamente carregado - e algumas horas de atraso -, a tripulação prepara a saída do CMA-CGM Carioca rumo ao Porto de Santos. O pedido por um prático - profissional responsável pela condução da embarcação para fora dos limites do porto - ocorreu por volta de 1h da madrugada. A chegada do funcionário ocorreu apenas uma hora depois.

O capitão do navio, o búlgaro Toma Tomov Kromov, conta que a demora na chegada de um prático não é problema exclusivo de Itajaí. O tempo de espera em portos internacionais, como o de Kingston, na Jamaica, pode chegar a duas horas.