Título: Brasil terá novo satélite espacial
Autor: José Fonseca Filho
Fonte: Jornal do Brasil, 25/10/2004, País, p. A-4
O Programa Nacional de Atividades Espaciais, anteriormente restrito ao governo e setores técnicos especializados, será aberto à sociedade, no início de dezembro, quando será discutida sua revisão, que ocorre a cada dois anos. O presidente da Agência Espacial Brasileira, Sérgio Gaudenzi, vai acertar com o presidente João Paulo Cunha a realização de sessões de debates na Câmara. Elaborado em 1998, o programa vai discutir o lançamento de um novo satélite brasileiro, do tipo geoestacionário, de cinco toneladas, capaz de transmitir dados e imagens e atingir 36 mil quilômetros de altura, contra os pouco mais de mil dos atuais, lançados em parceria com a China. O satélite geoestacionário integrará em sua produção os principais organismos espaciais brasileiros, do setor público e privado, em convênio com outros países. O programa custa ao país US$ 100 milhões anuais. Quando o presidente Putin vier ao Brasil, em 21 de novembro, será assinado novo memorando de entendimento para a cooperação espacial entre os dois países, cujos detalhes foram acertados semana passada, em Moscou, por Gaudenzi, na missão do vice-presidente José Alencar. Na China, Gaudenzi acertou o lançamento de um terceiro satélite Cibers, de observação, cujas imagens sobre fronteiras agrícolas, desmatamento, zoneamento rural e proteção de mananciais passarão a ser vendidas, assim como outros serviços hoje gratuitos.