Título: Alerta volta à capital
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Fonte: Jornal do Brasil, 12/07/2005, Internacional, p. A7
A capital britânica, que tenta se recuperar dos atentados a bomba que mataram 52 pessoas na quinta-feira, tomou um novo susto ontem. A Whitehall - rua que reúne vários prédios do governo - foi esvaziada e teve o tráfego bloqueado por 30 minutos, devido à aparição de um pacote suspeito. A estação de metrô de King's Cross foi fechada por alguns minutos. Itália e Dinamarca também sofreram falsos alertas de bomba.
Enquanto isso, o premier Tony Blair prometia uma das caçadas mais ''vigorosas'' do país para pegar os responsáveis pelos atentados no sistema de transporte público.
- Não vamos descansar até que os terroristas sejam levados à Justiça - afirmou, horas antes de rejeitar o pedido dos conservadores de abertura de inquérito para determinar se houve falha nos serviços de Inteligência.
Nos Estados Unidos, o presidente George Bush mais uma vez demonstrou apoio ao seu maior aliado na invasão ao Iraque:
- Vamos lutar até que o inimigo seja derrotado.
A polícia metropolitana de Londres continua procurando corpos na estação de King's Cross e identificou oficialmente, por DNA, a primeira vítima. Susan Levy morava em Hertfordshire, nas cercanias da capital e tinha 53 anos. A London's University College tinha afirmado ainda que uma de suas faxineiras, Gladys Wundowa, também estava entre os mortos confirmados. Mais tarde, retificou que Wundowa permanece desaparecida.
Médicos legistas advertem que, apesar do drama das famílias, não podem apressar a identificação formal dos corpos. O processo pode levar semanas, pois muitos foram despedaçados e a análise de DNA é a única possibilidade.
Não há informações de vítimas brasileiras. Dos 146 pedidos de localização, o Itamaraty achou 107 cidadãos.