Título: Lula, estrela de show na França
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Fonte: Jornal do Brasil, 14/07/2005, País, p. A5
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi aclamado na noite de ontem por milhares de pessoas que assistiam ao show ''Viva Brasil'', na Praça da Bastilha, em Paris. Uma multidão tomou a praça parisiense para ver o show de música brasileira, que marcou o início das comemorações do 14 de julho, a festa nacional francesa. O público estava eufórico com o show do ministro da Cultura, Gilberto Gil, em dueto com Jorge Ben Jor, quando foi anunciada a presença do presidente e do prefeito de Paris, Bertrand Delanoe. Lula se emocionou a falar para a platéia
- Venho à França desde 1980, mas nunca imaginei que poderia estar em Paris no ano em que o Brasil é homenageado, como presidente da República. O ser humano será sempre do tamanho que quiser ser. Se pensarmos pequeno, seremos pequenos, se pensarmos grande, seremos grandes. O Brasil deve ser um país grande pela qualidade de seu povo, pela solidariedade de seu povo e pelo humanismo praticado pelo povo brasileiro - disse Lula, que terminou dando um ''Viva a França, Viva o Brasil''.
O show foi o primeiro ato das celebrações do 14 de Julho com cores brasileiras no Ano do Brasil na França. Hoje, tropas brasileiras participarão do tradicional desfile militar, que terá a presença de Lula como convidado de honra do presidente francês, Jacques Chirac.
Ao viajar para a França, na terça-feira, Lula se afastou um pouco do clima de turbulência política em Brasília e no seu primeiro dia de visita na capital francesa fez questão de não comentar sobre a crise.
Na Universidade de Sorbonne, ele falou para alunos e professores, por mais de meia hora, sobre o papel do Brasil no cenário internacional. A universidade promove, desde ontem, o Colóquio Brasil: Ator Global.
Lula citou os esforços do governo na construção de um comércio internacional mais justo e no combate à fome e à pobreza mundiais.
Para o presidente, os subsídios agrícolas, concedidos em especial pelas nações mais ricas, são um dos fatores que permite a perpetuação da fome no mundo.