Título: Consumidor não sofrerá efeitos, diz empresário
Autor: Mariana Santos
Fonte: Jornal do Brasil, 15/07/2005, Brasília, p. D3

A fórmula para fim da guerra fiscal entre o Distrito Federal e Goiás agradou aos comerciantes brasilienses. De acordo com representantes dos principais setores envolvidos na disputa, a semana e meia de sobretaxação mútua não deixou seqüelas na relação entre empresários brasilienses e goianos, nem vai chegar a ser sentida pelo consumidor da capital. - Essa guerra terminou como começou: no âmbito político. Agora, voltamos à normalidade - disse o presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal, Adelmir Santana.

Santana disse que o consumidor acabou sendo poupado e considera que finalmente se voltou à razão em guerra que tinha motivações descabidas. Com ele concordam os presidentes da Associação dos Supermercados de Brasília (Asbra), Mário Habka, e do Sindicato dos Atacadistas do DF, Fábio de Carvalho.

Fábio afirmou que nem mesmo a resolução de não permitir incentivos fiscais a novos atacadistas foi vista como prejudicial.

- Já temos condições de abastecer e desenvolver o DF. O que tínhamos de melhor para trazer, já trouxemos. Claro que faltaram representantes de peso, mas nada que não possa ser absorvido pelas empresas - garantiu Fábio.

Carvalho acrescentou que nenhum negócio chegou a ser fechado de forma irrevogável com fornecedores alternativos.

- A gente não tem que brigar aqui, no Centro-Oeste, mas com outros Estados mais fortes - concordou Mário Habka.

Para o supermercadista, parte do mérito pelo fato de os brasilienses não sentirem no bolso os efeitos da guerra deve ser atribuída aos donos de negócios locais, que resistiram a aumentar os preços. Mas alertou os consumidores quanto a oportunistas.

- Pode ter gente querendo reajustar os preços e atribuir o aumento à guerra fiscal. Nesse caso, o consumidor deve fazer como nós faríamos no caso do aumento dos fornecedores: não comprar - sugeriu.