Título: Renda na indústria volta a crescer
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 16/07/2005, Economia & Negócios, p. A20
O nível de emprego industrial ficou estável em maio na comparação com abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, a pesquisa havia apontado alta de 0,6%. A renda, porém, voltou a dar sinais de recuperação, com avanço de 2% em relação a abril.
O número de horas pagas aos trabalhadores cresceu 0,3% no período. Em relação a maio de 2004 houve aumento de 1,9%. Os maiores aumentos ocorreram em alimentos e bebidas (8,9%) e meios de transporte (11,1%).
O aumento em 2% na renda em maio ocorre depois do recuo de 2,5%. Em relação a maio de 2004, houve aumento de 6,3% na folha de pagamento e no acumulado deste ano, alta de 4,4%.
Em relação a maio do ano passado, a pesquisa verificou um aumento de 2% nas contratações, a décima quinta taxa positiva neste tipo de comparação, mas inferior ao resultado de abril, quando havia registrado expansão de 3%.
O IBGE verificou que as novas vagas criadas pela indústria nos últimos 12 meses estão surgindo em atividades voltadas para o mercado externo, como a agroindústria, ou na produção de bens de consumo duráveis, como a indústria automobilística. Os segmentos mais dependentes do comportamento da demanda interna apresentam resultados negativos.
Das 14 áreas pesquisadas, 10 mostraram crescimento no total de empregos em relação a maio do ano passado, com destaque para São Paulo (3,6%) e Minas Gerais (4,2%). Em São Paulo, as contratações foram puxadas por alimentos e bebidas (12,2%) e meios de transporte (11,3%). Em Minas Gerais, as contratações foram lideradas pelos segmentos de alimentos e bebidas (5,8%) e produtos de metal (33,6%).
Dos quatro locais que apresentaram redução na mão-de-obra, destacam-se Rio Grande do Sul (-5,8%) e Rio de Janeiro (-3,0%). A indústria gaúcha foi afetada pelas taxas de calçados e artigos de couro (-23,2%) e a indústria fluminense, pelo resultado negativo de vestuário (-10,6%).
Em maio, a produção industrial registrou alta de 1,3% ante abril, o terceiro resultado positivo seguido, com destaque para a produção de bens duráveis e produtos voltados para o mercado externo, conforme o IBGE divulgou na semana passada.