Título: Fusão de arte e energia na mostra da Petrobras
Autor: Paula Porto
Fonte: Jornal do Brasil, 26/10/2004, Brasília, p. D-8

Um casulo inflável de 963 m² com cinema em três dimensões, terminais multimídias, telas de plasmas e até um simulador de vôo que sobrevoa o Rio Solimões, na região amazônica. Essa é a estrutura da exposição A Energia de Um Sonho, realizada em comemoração aos 50 anos da Petrobrás. A mostra itinerante, que já foi vista por mais de 127 mil pessoas em sete capitais brasileiras, fica até o dia 7 de novembro no estacionamento do estádio Mané Garrincha. - É uma exposição dividida em quatro módulos: história, responsabilidade social, meio ambiente e tecnologia. É um resgate de diversos momentos de uma trajetória de sucesso e a real dimensão do papel da Petrobrás na sociedade - informa a monitora Raquel Torres, brasiliense, 21 anos, uma das 60 pessoas selecionadas para trabalhar temporariamente na mostra.

Entre os destaques, o mecanismo Girino (Gabarito Interno Robotizado de Incidência Normal ao Oleoduto), criado pelo engenheiro de equipamentos Ney Robinson dos Reis e usado para desentupir os tubos por onde passam o óleo duto. Além disso, o especialista também foi o idealizador de um braço mecânico usado debaixo d'água para profundidades que o homem não pode chegar. A peça, que pode ser vista em todos os seu movimentos pelos visitantes da mostra, desloca-se de forma idêntica a de um braço humano.

- O Ney desenvolveu o Girino ao ver um sapo entrando num cano. Daí fez num robô intrusivo que se movimenta por meio próprios, dentro de tubulações. Já o braço mecânico é um robô submarino que opera em regiões muito profundas, chegando a 1.886m - explica Raquel Torres.

Dentro do casulo, existe ainda uma máquina geodésica de 16 m de diâmetro, onde é projetado o vídeo Ópera Digital: O Desvio Para o Vermelho. Com duração de 22 minutos, o filme do arquiteto José Wagner Garcia combina mecânica, informática, robótica e uma sincronia entre imagem e a trilha sonora composta pelo maestro Wilson Sukorski e gravada pela Orquestra Sinfônica Petrobrás Pró-Música.

- Isso é fantástico e, ao mesmo tempo, dinâmico e multidisciplinar, uma vez que aprendemos um pouco mais de física, química, geografia e até história. Totalmente enriquecedor - conclui Jeferson Máximo, 14, que visitou ontem a mostra com mais 25 estudante da 8ª série do Centro de Ensino Médio nº 2 de Brazlândia. De Brasília, a mostra segue para Belo Horizonte e Porto Alegre. Em dezembro, embarca para Curitiba e Rio de Janeiro.