Título: Deputados são mais assíduos
Autor: Paulo Celso Pereira
Fonte: Jornal do Brasil, 17/07/2005, País, p. A2

A CPI dos Correios realizou até agora 13 reuniões. As sessões mais concorridas foram nos depoimentos de Roberto Jefferson e Marcos Valério. As atas da Comissão mostram que os deputados titulares da CPI são mais assíduos que os senadores. Os deputados titulares faltaram em média a duas sessões. Entre os senadores, a média é de três ausências.

O deputado Wellington Fagundes (PL-MT) lidera o ranking de faltas entre os representantes da Câmara. Para compensar, Maurício Rands (PT-PE), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), Nelson Meurer (PP-PR), Eduardo Paes (PSDB-RJ), Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Denise Frossard (PPS-RJ) não faltaram a nenhuma sessão.

Três deputados suplentes ainda não figuraram nas atas da CPI. São eles: Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), Luiz Antônio Fleury (PTB-SP) e o acusado de ser um dos operadores do mensalão Sandro Mabel (PL-GO ). Entre os deputados suplentes, os mais assíduos são Jamil Murad (PCdoB-SP), José Eduardo Cardozo (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS) e Geraldo Thadeu (PPS-MG), que foram a todas sessões. Heloísa Helena (PSOL-AL), Álvaro Dias (PSDB-PR) e o presidente da comissão Delcídio Amaral (PT-MS) são os parlamentares que mais tem se dedicado à CPI: nunca perderam nenhuma sessão.

O senador mais ausente da CPI é Maguito Vilela (PMDB-GO) com quatro faltas, cerca de 25% do total de depoimentos. Fato ainda mais grave em se tratando do vice-presidente da comissão.

A participação dos senadores suplentes no processo de investigação da CPI é muito pequena. Dos dezesseis nomes que deveriam estar a par das denúncias na eventualidade de substituir um titular, apenas dois participam ativamente das sessões. O mais presente é Romeu Tuma (PFL-SP).

No segundo lugar, Sibá Machado (PT-AC) perde para Tuma em assiduidade, mas ganha em entusiasmo. O senador tem travado verdadeiras batalhas em defesa do governo e chegou a sugerir que todos os parlamentares do PT se retirassem da sessão, quando, em nota enviada à CPI, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) atacou a bancada petista.