Título: Mão-de-obra em inversão
Autor: Ricardo Rego Monteiro
Fonte: Jornal do Brasil, 18/07/2005, Economia & Negócios, p. A17
Considerada a grande panacéia do mundo corporativo na década de 90, a terceirização definitivamente saiu de moda, tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada. Empresas como Petrobras e Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) são apenas dois exemplos de uma extensa lista de empresas que voltaram a investir na contratação de funcionários para ocupar funções até há bem pouco tempo transferidas para prestadoras de serviços de competência duvidosa. Entidade cujos filiados respondem por 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a Associação Brasileira de Manutenção (Abraman) constatou na 11ª edição do estudo conhecido como Mapa da Manutenção que a média de gastos dessas empresas com contratação de serviços alcançou, em 2004, o equivalente a 24,85% dos investimentos totais, contra 25,3% em 2003. O diretor de comunicação da Abraman, Rogério Arcuri, afirma que os dados foram coletados por meio de 3 mil questionários enviados a empresas de 24 setores diferentes. Constitui uma radiografia das áreas de manutenção de empresas que empregam 3 milhões de funcionários diretos, dos quais 650 mil apenas nas áreas de manutenção.