Título: Sócio e contador são libertados
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 19/07/2005, Economia & Negócios, p. A19
Depois de cinco dias detidos na sede da Polícia Federal em São Paulo, o empresário Antonio Carlos Piva de Albuquerque, sócio da Daslu e irmão de Eliana Tranchesi, e o contador Celso de Lima deixaram a prisão na madrugada de ontem.
Ao contrário de Eliana Tranchesi, que conseguiu habeas corpus e não chegou a passar a primeira noite na cadeia, Antonio Carlos e Celso de Lima tiveram dois pedidos de liberdade provisória negados desde quarta-feira, quando foram presos durante ação do Ministério Público, Polícia e Receita Federal.
Eles só foram soltos ontem porque o prazo de cinco dias de prisão temporária expirou e o Ministério Público Federal decidiu não pedir a sua prorrogação.
No sábado, Eliana admitiu, durante acareação, que se envolve nas compras da loja, localizada na Vila Olímpia, juntamente com o seu irmão e sócio.
Em depoimento à PF na quarta-feira, Tranchesi afirmara que desconhecia os procedimentos contábeis e fiscais da loja, pois se envolvia diretamente apenas com o marketing da empresa.
- Eu só cuido do glamour - disse na ocasião.
Participaram também da acareação Celso de Lima, que é um dos donos da Multiport, empresa que prestava serviços à Daslu, e Antonio Carlos.
A operação - batizada de Narciso em alusão ao mito do jovem que se afoga num lago em busca de sua bela imagem refletida no espelho d'água - resultou na apreensão de documentos da grife que virou sinônimo de consumo de luxo no país. Segundo a Receita, a análise levará até seis meses.
De acordo com o MP, há indícios de que a empresa subfaturava os preços das mercadorias importadas para reduzir o valor dos impostos devidos. Os empresários foram acusados de crimes tributários e formação de quadrilha