Título: Previsão de inflação mais perto da meta
Autor: Kelly Oliveira
Fonte: Jornal do Brasil, 26/07/2005, Economia & Negócios, p. A17
Pela décima vez consecutiva, os analistas financeiros ouvidos pelo Banco Central reduziram as projeções de 2005 para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza as metas de inflação do governo. De acordo com o Boletim Focus, a estimativa para o indicador ficou em 5,55%, ante os 5,67% da pesquisa anterior. A previsão do mercado está mais próxima da meta da inflação estabelecida pelo governo para este ano, que é de 5,1%. Apesar da redução na projeção de inflação, o mercado espera a manutenção do aperto monetário na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto.
Na reunião desse mês, o comitê manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 19,75%. O BC espera a confirmação do início da trajetória de queda da inflação, para então começar a reduzir a Selic. Para o final do ano, a previsão para o juros básico caiu de 18% para 17,88%.
O relatório informa ainda que o mercado reduziu a projeção de alta para todos os índices de preços de 2005. A estimativa para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 4,04%, ante os 4,45% contidos no relatório divulgado na semana passada. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M ), a previsão caiu de 4,42% para 4,11%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe, ficou em 5,30%.
O mercado manteve a aposta no bom desempenho da balança comercial este ano. A expectativa é de um superávit comercial de US$ 37 bi, ante a previsão de US$ 36,45 bi da pesquisa anterior. Segundo o relatório, as projeções para a taxa de câmbio ao fim de julho recuaram de R$ 2,38 para R$ 2,37. Para o final do ano, ficou estável em R$ 2,55.