Título: O colunista responde
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 15/08/2005, País, p. A4

Em 2/12/04, o site Portal Rádio Livre informou que o ministro Márcio Thomaz Bastos advogou em defesa dos assassinos do índio pataxó. Se a informação é improcedente, trata-se do único erro do texto. O colunista reafirma que o ministro age, na prática, como advogado criminalista a serviço do presidente Lula e do governo. Foi Márcio o autor da idéia de reduzir a ''crimes eleitorais'' a milionária movimentação financeira promovida pelo empresário Marcos Valério e por dirigentes do PT, além de comparsas recrutados na ''base aliada''. A tese foi exposta pelo ministro a Arnaldo Malheiros Filho, advogado de Delúbio Soares, que retransmitiu a linha de defesa a Marcos Valério e Sílvio Pereira. Os três, em sucessivos depoimentos, procuraram agarrar-se à fantasia, repetida por Lula, a conselho de Márcio, na entrevista concedida em Paris.

No Programa do Jô, Márcio reforçou a tese do ''crime eleitoral'' com o argumento de que, no Brasil, é rotineira a utilização do ''caixa 2''. Na mesma entrevista, repetiu os números mencionados na carta para afirmar que a Polícia Federal poderia combater a corrupção com maior velocidade que as CPIs. Festejou o total de suspeitos capturados. Não revelou quantos continuam presos ou são alvo de processo.

Em meados de 2003, prometeu inaugurar presídios federais até o fim de 2004. Não concluiu nenhum.