Título: Justiça manda Valério devolver R$ 56 milhões
Autor: Hugo Marques
Fonte: Jornal do Brasil, 31/08/2005, País, p. A4

A Justiça de Minas Gerais determinou ontem que o empresário Marcos Valério de Souza, seus sócios e empresa paguem dívida que somam no total R$ 56 milhões com o Banco Rural ou indiquem bens à penhora. O prazo concedido pelo juiz Edson de Almeida Campos Júnior, da 34ª Vara Cível de Minas é de 24 horas a partir da citação oficial dos envolvidos.

O Banco Rural deu entrada no último dia 16 com três ações de execução pedindo o pagamento de dívidas contraídas referentes a empréstimos bancários em valores corrigidos.

A primeira ação cobra R$ 38,4 milhões da empresa SMPB e dos avalistas Marcos Valério, Cristiano de Melo Paz, Ramon Hollerbach Cardoso e da empresa DNA.

A segunda cobra o pagamento de R$ 530 mil de Marcos Valério e dos avalistas Cristiano Paz e Ramon Cardoso. A terceira ação é para cobrança de R$ 17,4 milhões da empresa Graffiti e dos avalistas Marcos Valério, Ramon Cardoso e a empresa DNA.

Segundo informações divulgadas pela instituição financeira, os contratos referentes às duas primeiras ações venceram no dia 22 de junho deste ano. O outro contrato, que tem como devedor Marcos Valério, venceu no dia 26 de janeiro.

Após o prazo estipulado na sentença, caso os devedores não tenham pago a dívida ou nomeado os bens, o juiz manda que se penhorem bens livres até atingir a quantia. Os devedores terão até 10 dias para entrar com recurso após serem notificados.

O mesmo juiz Edson de Almeida deu parecer semelhante, na última quarta-feira, para que o PT e seus ex-dirigentes José Genoino Neto e Delúbio Soares de Castro, além do empresário Marcos Valério, paguem a dívida de R$ 3,37 milhões com o Banco BMG. A citação aos dirigentes petistas deve ser feita pela Justiça paulista. Eles também terão até 10 dias para recorrer.