Título: Passagem subterrânea pode resolver
Autor: Mariana Santos
Fonte: Jornal do Brasil, 04/09/2005, Brasília, p. D1

A possível construção de um canteiro na faixa central do Eixão também será alvo de discussões na recém-instalada Frente Parlamentar em Defesa de Brasília, criada para debater assuntos polêmicos que envolvem a preservação da capital. A deputada federal Maria José Maninha (PT), criadora do fórum, afirma que o tema será colocado em pauta entre os mais de 50 parlamentares de diversos estados que compõem o grupo. Mas já defende que a faixa central mantenha-se vazia do jeito que está. - Um canteiro ali vai alterar profundamente o plano urbanístico e, não vai proteger ninguém. Por que no mundo inteiro se usa passagem subterrânea e aqui não? - questiona a deputada.

Maninha afirma que existe uma lei de sua autoria que prevê a melhoria das 16 passarelas subterrâneas do Plano Piloto, com limpeza, segurança permissão de comércio na área. Abandono, sujeira e falta de policiamento são os principais motivos que afastam os pedestres das passagens.

Para o presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, Ricardo Pires, as rampas excessivamente íngremes e a entrada em ''L'', dificultando a visibilidade, acabam afugentando os pedestres.

Para os defensores do canteiro central, outra vantagem seria impedir que, em caso de colisões em um lado da via, os automóveis sejam jogados para o outro lado. A deputada distrital Ivelise Longhi (PMDB) lembra ainda que o fluxo na DF-002 é maior do que o previsto. Segundo ela, o intenso trânsito na L2 e na W3 também não era imaginado no início da construção de Brasília, pois não havia previsão de hospitais e escolas nas 900 e 700. No planejamento, havia apenas a Universidade de Brasília (UnB) na L2 Norte e os colégios teriam como endereço as superquadras.