Correio Braziliense, n. 21537, 05/03/2022. Mundo, p. 4

Estoque de insulina

Maria Eduarda Cardim


As consequências do conflito entre Ucrânia e Rússia já são sentidas por outros países de diversas maneiras. Para o Brasil, uma das preocupações do conflito é o fornecimento de alguns insumos importantes, como a insulina.

Isso porque o laboratório estatal ucraniano Indar, com fábrica na capital da Ucrânia, em Kiev, era um dos responsáveis pelo abastecimento de insulina do Sistema Único de Saúde (SUS) e ainda precisa entregar doses de insulina para a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma).

Contrato

Parte do contrato com a empresa ucraniana já foi cumprido, já que 12 milhões de doses do fármaco já foram entregues à fundação brasileira. Agora, faltam a entrega de mais 8 milhões de doses do produto. Em entrevista ao G1, o diretor-presidente da Bahiafarma, Tiago Moraes, garantiu que dessas doses pendentes, 1,2 milhão já saíram da Ucrânia a caminho do Brasil.

Ainda que a situação precise ser monitorada, o Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que o abastecimento de insulina no SUS está regular em todo o país. De acordo com a pasta, a cobertura está garantida até abril de 2023, a partir do contrato firmado com a empresa Novo Nordisk, sediada em Copenhague, na Dinamarca.

Além disso, o Ministério da Saúde informou que o contrato com a Bahiafarma, cuja fornecedora do medicamento é a empresa ucraniana Indar, foi finalizado no ano passado.