Título: Presidente ganha no Congresso
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Fonte: Jornal do Brasil, 04/11/2004, Internacional, p. A-7

O Partido Republicano ampliou o controle no Congresso, tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, com a apuração das eleições legislativas de terça-feira praticamente definida.

No Senado, os republicanos já têm pelo menos 54 cadeiras de um total de 100. Um aumento de três das anteriores 51. A maioria está garantida, faltando apenas os resultados no Alasca.

Um fato surpreendente ocorreu na Dakota do Sul, onde o líder da minoria democrata, Tom Daschle, perdeu a cadeira para o republicano John Thune. É a primeira vez que um líder de um partido no Parlamento perde uma cadeira em mais de meio século.

Estavam em jogo 34 postos no Senado, que é renovado em um terço a cada dois anos. Os republicanos conseguiram 18, os democratas 14 e outras estão indefinidas.

Os republicanos conseguiram cinco cadeiras que estavam com os democratas no Sul do país, tradicional reduto conservador: nas duas Carolinas (Sul e Norte), na Geórgia, em Louisiana e na Flórida.

Além disso, o Grand Old Party (GOP, o grande velho partido) como é conhecido nos EUA a agremiação republicana, manteve quase todas os postos que tinha no Senado, exceto em Illinois e no Colorado.

Outro ponto importante foi a vitória de dois candidatos hispânicos ao Senado. A Câmara Alta nunca teve dois senadores hispânicos e não tinha hispânicos desde 1977.

Chama a atenção também a vitória do democrata Barack Obama, em Illinois, que se tornou o único senador negro da próxima legislatura e o terceiro afro-americano eleito para o Senado.

Na Câmara de Representantes, o Partido Republicano também conserva hegemonia e, se confirmados os primeiros resultados, irá ampliá-la. De acordo com os dados preliminares, os republicanos conseguiram quatro cadeiras democratas no Texas e no Kentucky.

Os democratas também abocanharam duas cadeiras republicanas, em Illinois e na Geórgia, mas precisavam de 12 para conseguir o controle da Câmara Baixa, que tem 435 cadeiras.

Os últimos dados concedem aos republicanos 226 cadeiras garantidas e seis prováveis, o que daria um total de 232, ou seja, 14 a mais que as 218 necessárias para ter a maioria da Câmara.