Título: Gerdau investe R$ 810 milhões
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 22/09/2005, Economia & Negócios, p. A17
O grupo Gerdau anunciou ontem que investirá R$ 810 milhões nos próximos oito anos para ampliar unidades no Rio Grande do Sul. Com estes novos investimentos, a Gerdau quer continuar modernizando suas unidades de aços especiais Piratini, em Charqueadas, e Riograndense, em Sapucaia do Sul.
O presidente da siderúrgica, Jorge Gerdau Johannpeter, inaugurou a nova etapa da expansão de sua unidade Piratini, cuja capacidade instalada anual passou para 500 mil toneladas de produtos acabados, principalmente aços especiais para a indústria automobilística.
Nessa unidade, a empresa já investiu R$ 448 milhões como parte de outro programa de expansão anunciado anteriormente, segundo explicou a empresa em comunicado.
''Nos próximos oito anos, o estado receberá mais R$ 810 milhões, voltados para a contínua modernização das unidades Gerdau Aços Especiais Piratini e Gerdau Riograndense'', informou a empresa em nota.
O grupo é o principal produtor de aços longos do continente americano, com fábricas no Brasil, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Chile, Uruguai e Colômbia. A capacidade instalada total é de 16,4 milhões de toneladas de aço por ano. Nos primeiros seis meses do ano, o Grupo Gerdau produziu sete milhões de toneladas de aço.
Também ontem, a empresa divulgou que não há data marcada para reabrir a unidade que possui em Nova Orleans, fechada desde a passagem do furacão Katrina pela cidade do Sul dos Estados Unidos. Jorge Gerdau Johannpeter disse que a expectativa é de que a reabertura ainda demore, embora a unidade americana tenha sofrido apenas ''danos pequenos''.
Atualmente, a companhia trabalha para abrigar e ajudar cerca de 90 funcionários da unidade da Atlas Steel desabrigados pelo furacão Katrina.
- O período de recuperação do furacão vai trazer alguns gargalos adicionais na indústria de construção americana, mas tudo vai se resolver rapidamente - previu Johannpeter.
A siderúrgica brasileira tem metade da sua receita nas operações nos Estados Unidos e no Canadá. As ações da empresa - que tem papéis nas bolsas de São Paulo, Nova York e Madri - subiram 22% desde a passagem do Katrina, devido à expectativa de que a reconstrução da região atingida impulsione a demanda por aço.
Com EFE e Bloomberg News