Título: Rosinha critica governo federal
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 01/10/2005, País, p. A6

A governadora Rosinha Matheus classificou como discriminatória a atenção dada pelo governo federal ao Estado do Rio, durante encontro com o Movimento Pró-Rio. O grupo é composto por empresários ligados à construção civil e ao comércio e tem como objetivo reivindicar a liberação de verbas federais para projetos de revitalização do Rio. Entre os projetos em andamento estão a expansão da Linha 1 do Metrô - cuja verba está retida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) desde janeiro -, a conclusão do Arco Rodoviário, a modernização da Rio-Vitória (BR-101) e a construção da refinaria no Norte do estado.

A governadora defendeu a elaboração de uma pauta comum, que deverá ser levada a Brasília na quarta-feira para servir de reivindicação aos interesses do Estado junto à bancada do Rio no Congresso.

Embora o estado esteja pagando em dia o empréstimo e a Justiça já tenha determinado o repasse dos recursos, o dinheiro ainda não foi liberado.

- Nessa reunião, avaliamos que nossas pautas estão muito próximas. No caso do metrô, por exemplo, nem estamos tratando de recursos federais. É um empréstimo feito pelo governo do estado, que está sendo pago em dia, e queremos apenas que o governo federal cumpra o que está estabelecido no contrato feito com o banco - lembrou Rosinha.

Segundo o presidente da Associação de Empresas de Engenharia do Estado (Aeerj), Francis Bogossian, as obras do metrô do Rio vêm sendo custeadas com financiamento do BNDES por meio de empréstimos contratados e pagos pelo governo do estado.

- O que estranhamos é que os metrôs do Ceará, de Pernambuco, da Bahia e de Minas Gerais sempre foram executados com recursos da União, por meio da CBTU e a fundo perdido. Por que para o Estado do Rio foi feito como empréstimo? - reclama.

Ontem, a governadora Rosinha decidiu que vai permanecer no PMDB, depois de integrantes do PSC darem como certa sua a filiação. Nem o troca-troca partidário na Assembléia Legislativa preocupa a governadora, que mantém sua influência na Casa.