Título: Perfurar exige rigor técnico
Autor: Luciana Navarro
Fonte: Jornal do Brasil, 09/10/2005, Brasília, p. D4

Os poços e cisternas são os principais responsáveis pela exploração irregular dos recursos hídricos no DF. Entretanto, nem todos são clandestinos. A Semarh e a Agência Reguladora de Águas e Saneamento Ambiental (Adasa) regulamentam a perfuração dos poços na unidade federativa. Para ter um poço em sua propriedade, é solicitar à Semarh autorização de perfuração do solo. A finalidade do poço - uso humano, animal ou irrigação - deve ser informada. Apenas empresas autenticadas pela secretaria têm autorização para construir o poço, que deve ser completamente impermeabilizado na lateral.

- Assim, a água da chuva cai direto lá embaixo - explica o subsecretário de Recursos Hídricos, Pedro Celso Antonieto.

Durante o processo de perfuração, a empresa contratada para o serviço deve traçar o perfil do solo. O dono do terreno deve apresentar, também, uma análise da água retirada do poço. Segundo Antonieto, o estudo pode ser feito pela Caesb ou pela UnB.

Clandestinidade - A maioria das denúncias de exploração irregular da água é feita por moradores das proximidades. Ao tomar conhecimento do poço não autorizado, a Adasa emite uma advertência ao usuário, que tem cinco dias para entrar com pedido de autorização para exploração do poço na Semarh. Se o prazo não for cumprido, é aplicada multa a partir de R$ 2,8 mil.