Correio Braziliense, n. 21738, 22/09/2022. Política, p. 3

Esforço de segurança



O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reuniu-se na terça-feira, com chefes das Polícias Civis para discutir a segurança nas eleições. Na ocasião, “reforçou a importância do estreitamento de laços com as polícias”, informou comunicado do tribunal.

Participaram da reunião 21 delegados-gerais da Polícia Civil dos estados e do Distrito Federal e seis representantes dos estados. A ata da reunião destaca a possível criação de um Núcleo de Inteligência para troca de informações entre o TSE e as Polícias Civis, com indicação de um membro para cada região do país. Outro ponto discutido foi a “absoluta atenção” para a segurança de eleitores e de todos os envolvidos no pleito.

Na reunião entre Moraes e as Polícias Civis também foram abordadas a restrição e fiscalização do porte de armas e do uso do celular nas cabines eleitorais. O TSE já publicou resoluções definindo que porte de armas junto às seções eleitorais será proibido de 48h antes do pleito até 24h depois, e que eleitores deverão deixar o celular com o mesário no momento da votação. O descumprimento de ambas as regras configura crime eleitoral.

Durante o encontro, os delegados informaram que têm mantido contato com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para tratar das questões de segurança e informaram que as polícias atuarão em regime de plantão. 

De acordo com o comunicado do TSE, uma das principais preocupações apresentadas foi o aumento do número de armas em circulação no país.

 

Urnas

Os TREs deram início ao procedimento de inserção de códigos e programas que farão as urnas funcionarem no dia da votação. A etapa de preparação do processo eleitoral é chamada de “cerimônia de gravação de mídia”.

Até o dia 28, técnicos da Justiça Eleitoral se dedicarão diariamente a realizar três processos: geração de mídias, carga e lacração das urnas. Na primeira etapa, informações básicas como os dados dos eleitores de cada seção e as informações dos candidatos são gravadas em cartões de memória, que são inseridos um a um nas urnas, no procedimento de “carga”.

Os técnicos também checam as baterias dos dispositivos para garantir que funcionem perfeitamente em caso de queda de energia nas seções. Por fim, os equipamentos recebem lacres da Casa da Moeda e são assinados por juízes eleitorais, que atestam a segurança do procedimento.

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