Correio Braziliense, n. 21739, 23/09/2022. Política, p. 4

Socialista refinado



O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu-se, ontem, em entrevista no Programa do Ratinho, no SBT, como um “um socialista refinado” ao ser questionado sobre sua orientação política. E sabendo das simpatias que o apresentador Carlos “Ratinho” Massa sempre teve pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista não poupou críticas ao adversário.

“Me considero um socialista refinado porque eu defendo a propriedade privada, defendo a liberdade de organização, eu defendo o direito de greve. Quero construir um mundo mais harmonioso. Eu já fiz isso. Este país era mais feliz. Até você (Ratinho) era mais feliz, até você dava mais risada”, alfionetou.

Ao comentar a gestão do governo Bolsonaro da pandemia de covid-19, Lula classificou o presidente como um “ignorantão”, “meio xucro” e “capiau”, o que levou o apresentador a rir. O petista disse ainda que o chefe do Executivo “ficou brincando” com a vida dos brasileiros. “O Bolsonaro, na questão da pandemia, errou no tratamento que ele fez. Errou lamentavelmente. Poderia ter salvo muitas vidas”, afirmou.

O petista disse que se eleito, a população voltará a “comer picanha e tomar cerveja gelada”. “É tudo o que o povo quer. O  povo quer coisa boa. Ninguém faz a opção de ser pobre”, observou.

 

Empregos

Já a presidenciável Simone Tebet (MDB) esteve no Rio de Janeiro, onde visitou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Bio-Manguinhos. Ela afirmou, em uma sabatina, que se eleita vai propor uma redução temporária do recolhimento feito pelas empresas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O objetivo da medida seria aumentar a geração de empregos formais. Segundo a emedebista, a desoneração valeria por dois anos e somente para novas contratações, de até um salário mínimo.

“Você tem que desonerar um pouco a folha de pagamento da pessoa jurídica. Hoje, para poder ter um trabalhador com carteira assinada, o empregador paga 20% do salário em INSS. Então, a proposta é reduzir de 20% para 6%; e reduzir, da parte do trabalhador, de 7,5% para 3%. Então, eu reduzo esse recolhimento como incentivo para que a indústria e o setor de bens e serviços contratem com carteira de trabalho”, explicou. (IS e VC)

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