Correio Braziliense, n. 21746, 30/09/2022. Política, p. 3

A estrangeiros, garantia de lisura nas eleições

Michelle Portela


Em encontro com a Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Brasil, o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enfatizou sua confiança no sistema eleitoral brasileiro. O parlamentar disse ter garantido ao grupo, chefiado pelo ex-chanceler do Paraguai Rubén Ramírez Lezcano, que o resultado do pleito representará exatamente a vontade do povo.

 “Afirmei a ele (líder da missão), a nossa absoluta confiança no nosso sistema eleitoral, a cargo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nesse sentido, declarei que o resultado advindo das urnas eletrônicas será fidedigno à vontade popular e respeitado no Brasil. E, no dia 1º de janeiro de 2023, o Congresso Nacional dará posse ao presidente escolhido pela sociedade brasileira”, ressaltou Pacheco.

A missão da OEA no Brasil é integrada por 55 especialistas e observadores de 17 nacionalidades. O grupo acompanhará as eleições em 15 estados (Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo) e no Distrito Federal.

Os especialistas vão monitorar os aspectos-chave em matéria de tecnologia e organização eleitoral, justiça eleitoral, financiamento político, campanhas e liberdade de expressão, participação política de mulheres, participação de grupos indígenas e afrodescendentes e violência eleitoral.

Mais cedo, a missão participou de evento do TSE com outros observadores de 90 países. Pacheco também esteve presente. No discurso, apontou o “extraordinário caso de sucesso” que são as urnas eletrônicas usadas para computar os votos.   

O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, afirmou aos observadores que a Justiça Eleitoral garantirá o exercício da democracia “de maneira segura, transparente e confiável”. “A segurança e a liberdade do voto serão efetivadas, tanto com observância do pleno sigilo do voto, que é garantido pela urna eletrônica, quanto com o respeito à ampla e civilizada discussão política, afastando qualquer possibilidade de violência, coação ou pressão por grupos políticos ou econômico”, destacou.  

Por sua vez, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, enfatizou a lisura do processo eleitoral. “Em tempos turbulentos como os atuais, mais do que nunca se há de proclamar a irrestrita confiança que devotamos à Justiça Eleitoral quanto à integridade das eleições e à legitimidade dos resultados eleitorais”, afirmou.

Leia em: https://flip.correiobraziliense.com.br/edicao/impressa/3787/30-09-2022.html?all=1