Valor Econômico, v. 20, n. 4961, 17/03/2020. Internacional, p. A10

Países do G-7 prometem fazer ‘o que for necessário’ para estabilizar economia

Demetri Sevastopulo
James Politi
Miles Johnson


As economias do G-7 se comprometeram a fazer “o que for necessário” para estabilizar a economia global abalada pela pandemia de coronavírus, com seus líderes prometendo coordenar planos de recuperação diante de uma possível recessão mundial.

Em uma declaração após teleconferência entre os líderes dos EUA, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Japão, o G-7 disse que pressionará seus bancos centrais a apoiar o sistema financeiro e realizar reuniões ministeriais semanais para determinar medidas adicionais necessárias.

“Decidimos coordenar medidas e fazer o que for necessário, usando todas as ferramentas de política, para alcançar um forte crescimento nas economias do G-7 e para salvaguardar os riscos negativos”, disseram no comunicado.

Embora a declaração não implique em gastos fiscais coordenados do G-7, o texto mostra que os líderes estão mobilizando instrumentos como “medidas monetárias e fiscais, bem como ações direcionadas, para apoiar imediatamente e o quanto for necessário trabalhadores, empresas e setores mais afetados” pela pandemia.

Em Londres, o premiê britânico, Boris Johnson, disse que os governos estavam trabalhando em um pacote de estímulo fiscal de larga escala.

O premiê da Itália, Giuseppe Conte, disse que o resto da Europa seguiria o “modelo italiano” em resposta à crise e anunciou pacote de € 25 bilhões para fortalecer o sistema de saúde e garantir empregos. Na semana passada, a Itália se tornou o primeiro membro do G-7 a impor quarentena à população.

Os países do G-7 se comprometeram a usar “poderes plenos” para coordenar medidas de saúde pública, restaurar a confiança econômica, apoiar o comércio e o investimento e incentivar pesquisas para enfrentar a crise.