Título: Fábio defende instituição
Autor: Eveline de Assis
Fonte: Jornal do Brasil, 21/10/2005, Brasília, p. D1

Antes do término da sessão de ontem, na Câmara Legislativa, o deputado José Edmar (Prona) fez uso da tribuna para se pronunciar a respeito das declarações do diretor geral da Polícia Civil, Laerte Bessa, de que ele deveria lavar a boca para falar da Polícia Civil. O deputado disse que Laerte Bessa estaria desequilibrado, e que estava querendo dar um tom político à instituição, mas que não seria pelo desequilíbrio do Laerte Bessa que ele iria desqualificar a Polícia Civil. O presidente da Câmara Legislativa, Fábio Barcellos (PFL), agente licenciado da Polícia Civil, defendeu, não só a instituição como o diretor geral, dizendo que se ele não desempenhasse satisfatoriamente suas funções não estaria no cargo por mais de oito anos e que:

- Se alguém souber de algum ato ilícito ou alguma irregularidade por parte dos policiais, que denunciasse, porque eles não querem esse tipo de servidor na instituição.

Fábio Barcellos disse ainda que tinha certeza que o chefe da Polícia Civil atenderia prontamente seu convite para comparecer à Câmara Legislativa e prestar esclarecimentos a respeito da acusação de escuta no gabinete do deputado José Edmar, o que ele considera muito grave.

A afirmativa do deputado foi confirmada por Laerte Bessa, que disse que iria com prazer à sede do Poder Legislativo de Brasília para deixar claro que nunca houve qualquer tipo de escuta ou grampo no gabinete do deputado José Edmar.