Correio Braziliense, n. 21785, 08/11/2022. Política, p. 2

Fechamento de apoios



A negociação com partidos para formação de uma base parlamentar que garanta a governabilidade ao futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prossegue, hoje, com um encontro entre a futura coordenadora de relações institucionais da transição, Gleisi Hoffamann, e o presidente do PMDB, Baleia Rossi (SP). O partido da senadora e aliada Simone Tebet (MS) é considerado essencial para os caciques do PT.

 
Em entrevistas, o deputado emedebista mantém um posicionamento simpático ao apoio a Lula e admite conversar sobre cargos no futuro governo. A própria Simone é cotada para assumir um ministério. Na bolsa de apostas de Brasília, a ex-presidenciável aparece entre os favoritos para as pastas da Educação ou da Cidadania.
 
Além do MDB, o PSD também estaria em passos rápidos para fechar apoio ao governo Lula e integrar formalmente a festão. O presidente do partido, Gilberto Kassab, aterrissou, ontem, em Brasília e se reúne com a bancada do partido no Congresso para tratar do embarque na futura gestão. O petista conta com dois importantes aliados para o PSD integrar a base no Congresso: o senador Otto Alencar e o líder da Câmara, Antonio Brito, ambos reeleitos no último dia 2 como representantes da Bahia.
 
“No primeiro turno, o PSD no primeiro turno teve uma posição de neutralidade e, agora, nós recebemos um convite da presidente do PT (Gleisi) para iniciarmos essa conversa. O convite foi aceito e é evidente que precisa ser discutido internamente pelo partido. Porém, já no primeiro e no segundo turno, uma parte expressiva do partido, diante da posição de neutralidade, apoiou a candidatura do presidente Lula”, disse Kassab, ontem, em entrevista à Globonews. (VD, HL e Raphael Felice)