Correio Braziliense, n. 21786, 09/11/2022. Política, p. 3

Reunião com prefeitos para discutir emendas



Responsável pelo ajuste orçamentário durante a transição, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) se reuniu, ontem, com prefeitos, parlamentares e autoridades municipais, com o objetivo de discutir as emendas para 2023. Ao lado dele estava o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Entre os presentes, a maioria representava municípios do Amapá. O encontro ocorreu no mezanino de um hotel de Brasília.

Segundo Wellington Dias, o Orçamento do ano que vem terá dois eixos, sendo o primeiro o social. “Ou seja, o que falta para que, para essa rede de proteção social, não falte dinheiro”, disse. O outro é a retomada do investimento no país. “Todas as vezes que o Brasil ampliou o investimento público, mesmo que em um valor baixo, isso ajudou a acelerar o desenvolvimento.”

Em relação à aprovação da PEC da Transição no Congresso, que teria de tramitar em regime de urgência, Dias acredita que não haverá grande resistência ao projeto. “O que a gente vê com líderes, e líderes de partido, é boa vontade para a aprovação”, frisou. “Do ponto de vista fiscal, a alteração é muito pequena.” Ele lembrou que a PEC dos Precatórios e a PEC Kamikaze, aprovadas na atual gestão, também furaram o teto de gastos. 

Já Randolfe Rodrigues informou ter se reunido com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, por sua vez, conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ambos estão alinhados para tramitar a proposta orçamentária com urgência.  

“Não quero acreditar que um Congresso que concedeu R$ 600 de forma temporária antes da eleição não vai conceder o benefício de forma permanente agora”, ressaltou Randolfe.

O prazo para a aprovação, porém, é curto. A medida precisa ser avalizada até 15 de dezembro para não prejudicar os pagamentos do Auxílio Brasil. (VC)

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