Correio Braziliense, n. 21787, 10/11/2022. Política, p. 5

Crítica a emendas de relator 

Denise Rothenburg
Jéssica Andrade


O secretário-geral do PT, Paulo Teixeira, não poupou críticas ao orçamento secreto e disse que a prática adotada no Congresso “fere de morte” o princípio da transparência e da eficiência. “O sujeito que paga imposto faz sempre pensando que esse dinheiro será destinado a uma boa finalidade: vai para saúde, educação, segurança pública. Agora, o orçamento secreto vai para uma finalidade que não tem virtudes. Vai para a corrupção. Ele é uma diluição dos recursos públicos”, enfatizou, em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília. 

 
Na avaliação de Teixeira, o Supremo Tribunal Federal (STF) “deve resolver esse problema”. “Isso não pode continuar. Na administração pública, existe esse princípio da transparência, não pode existir um orçamento secreto”, frisou. 
 
Questionado sobre eventual apoio do PT à reeleição dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Teixeira disse que o assunto está no “radar” da legenda. Ele destacou, porém, que o pleito nas duas Casas ocorrerá apenas em fevereiro, portanto, neste momento, a prioridade do presidente Lula são as pautas sociais. O foco está em manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e garantir aumento real do salário mínimo. 
 
Outros assuntos emergenciais são as verbas para a merenda escolar e para a farmácia popular. Na opinião dele, o novo governo não deve encontrar grandes resistências no Congresso para obter recursos destinados a essas demandas da população.
 
Teixeira também pregou a pacificação do país, após uma eleição acirrada. “Tem gente que ainda não entendeu que acabou a campanha, que está em movimento de questionamento, de ofensas. Temos de baixar o clima e unir novamente o nosso país”, disse.
 
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