Correio Braziliense, n. 21813, 06/12/2022. Política, p. 4

Atenção aos estoques de combustível



Os coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do governo de transição se encontraram, ontem, com a diretoria da Petrobras, na sede da estatal, no Rio de Janeiro. Nessa primeira reunião — haverá outras ao longo da semana —, a empresa informou que está monitorando os estoques operacionais de combustíveis para o fim do ano.

“Teremos um inverno rigoroso e crise de preços na Europa. A Petrobras afirmou que está monitorando e tomando providências em relação ao estoque nacional de combustíveis para esse período”, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN), cotado para assumir a presidência da estatal no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, a petroleira não pode ficar “só extraindo petróleo do pré-sal e distribuindo dividendos”.

Outros pontos da pauta de ontem foram a política de preços de paridade internacional (PPI) e a situação de refino, abastecimento e logística da empresa. Hoje, o grupo retoma as conversas para tratar da política de desinvestimento e o plano estratégico da companhia.

Na campanha, Lula defendeu mudanças nas políticas de preços e de investimentos, além de freio na venda de ativos da estatal. O presidente eleito costuma dizer, quando fala da Petrobras, que a empresa precisa adaptar o valor dos combustíveis ao mercado interno.

Participaram da reunião, além de Prates, o coordenador do grupo técnico de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, e os membros Rodrigo Leão, Deyvid Bacelar e Magda Chambriard. Pela Petrobras, o diretor de Comercialização e Logística, Claudio Mastella; o gerente executivo de Comercialização no Mercado Interno, Sandro Barreto; o tributarista Marcio Luz; e a advogada-geral da Petrobras, Taísa Maciel. (VD)