Correio Braziliense, n. 21816, 09/12/2022. Brasil, p. 6

Senado pede atenção ao ensino básico

Taísa Medeiros


O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foi ao Senado, ontem, para receber o relatório elaborado pela Subcomissão Temporária de Educação sobre a pandemia de covid-19. O documento traz um diagnóstico dos impactos no setor e traz 30 recomendações para reduzir as consequências da crise sanitária na educação.

Uma das principais recomendações é para que o governo recomponha os orçamentos da educação básica e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em 2023, a fim de reverter o impacto da pandemia sobre a aprendizagem. O texto sugere a aplicação de mais verbas na implantação de escolas de educação infantil e na infraestrutura da educação básica.

 Além das orientações, o colegiado se comprometeu a acompanhar as medidas que forem aplicadas. O texto prevê que, ao fim de cada semestre de 2023, os futuros gestores dos ministérios da Educação e da Economia prestem informações à CE sobre as providências adotadas.

“Tivemos uma grande perda durante a pandemia. Dois anos, muitas escolas fechadas durante um período longo, com dificuldades de conectividade em muitas regiões”, reconheceu Alckmin. “O diagnóstico traz propostas muito efetivas para a recuperação dos nossos alunos, muito focadas na educação básica”, salientou.

Impactos

O relatório do Senado aponta, ainda, as dificuldades enfrentadas por profissionais da educação com o ensino remoto durante a pandemia. Menciona aspectos como desmotivação profissional, problemas emocionais das equipes, falta de equipamentos, de infraestrutura e de conexão adequada à internet, além de exclusão e evasão escolar.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento da União para 2023, aproveitou para destacar que a PEC da Transição — aprovada na noite de quarta-feira no Senado, e que começa a tramitar na Câmara dos Deputados a partir da próxima semana — contempla recurso para a educação, apesar de o principal objetivo ser a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o pagamento de mais R$ 150 a cada criança de seis anos nas famílias de menor renda.

 “A PEC que aprovamos tem vários objetivos, mas como não poderia deixar de ser talvez o maior de todos seja a recomposição do Orçamento. Em primeiro lugar, da saúde, da educação e de várias áreas que são importantes. A aprovação trará recursos para a saúde e educação funcionarem adequadamente”, observou.

Leia em: https://flip.correiobraziliense.com.br/edicao/impressa/4034/09-12-2022.html?all=1