Correio Braziliense, n. 21818, 11/12/2022. Política, p. 2

Disputa até entre PT e PSB



Outra disputa por espaço se dá no seio da chapa que venceu a eleição de outubro. O PT do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva o PSB do vice Geraldo Alckmin negociam a participação da legenda no novo desenho da Esplanada. O partido já emplacou o Ministério da Justiça, com Flávio Dino (MA), anunciado na sexta-feira, mas vê essa indicação como “cota pessoal” do presidente eleito. O problema é que o PSB encolheu nas eleições deste ano e reduziu o poder de negociação com o PT. Mesmo assim, deverá ser contemplado com mais duas pastas.

O principal nome da legenda é o do ex-governador de São Paulo Márcio França, que disputou a eleição para o Palácio dos Bandeirantes. Ex-tucano, França é cotado para chefiar o Ministério das Cidades, que será recriado. A legenda também pleiteia a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação, com a qual tem afinidade. E ainda apresenta o nome do secretário de Saúde do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, como opção para o ministério ou para um cargo de alto escalão do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A disputa de espaço é natural dos partidos que apoiaram (Lula) e dos que virão a integrar a base. Isso é normal, e temos que encarar isso com naturalidade. É um governo naturalmente muito amplo, que precisa contemplar todos os setores, e, a critério do presidente, vai apoiar a todos que estiverem apoiando no novo governo”, afirma o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande.  Para ele, o PSB pode abrir mão de alguma reivindicação por cargos em nome da governabilidade. (VD)

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