Correio Braziliense, n. 21826, 19/12/2022. Política, p. 2

Entraves no time de Haddad



O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou até agora apenas dois nomes que irão compor a sua equipe. Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator, será o secretário executivo do Ministério, enquanto o economista Bernard Appy será o secretário especial para a reforma tributária.

Um dos principais entraves para a definição dos outros nomes que vão compor a equipe é a escolha dos ministros do Planejamento, da Gestão e da Indústria, que têm impacto no xadrez da formação do corpo técnico que vai integrar a equipe da Fazenda. Guilherme Mello, por exemplo, cotado para integrar a pasta, também é citado para o BNDES, já que ele e o presidente indicado para o banco, Aloizio Mercadante, são muito próximos.

O PT quer ampliar sua participação nos ministérios econômicos. Por outro lado, Geraldo Alckmin não conseguiu emplacar nenhum nome até o momento para a futura equipe econômica. Coordenador do governo de transição, o vice-presidente eleito chegou a sondar Felipe Salto, secretário de Fazenda de São Paulo.

Entre os economistas do mercado, a avaliação é de que ainda falta um nome forte para a área fiscal. Haddad tem feito entrevistas em São Paulo, mas deve voltar hoje para Brasília e dar prosseguimento às conversas. Um dos nomes que surgiram na bolsa de apostas para essas negociações é o do secretário de Fazenda do Paraná, Renê Garcia Júnior, que já foi secretário de Estado de Controle Geral do Governo do Rio de Janeiro, presidente da Fundação Pró-Coração (Fundacor), superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e membro do Conselho de Administração do BNDESPar/BNDES.

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