Ainda segundo a pesquisa, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 7%, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB) tem 5%. A emedebista também oscilou um ponto para cima, enquanto Ciro permaneceu com a mesma proporção da pesquisa anterior. Os dois candidatos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, e seguem distantes dos primeiros colocados, num momento em que tentam conter os acenos de Lula a seus eleitores.

A pesquisa do instituto fundado por ex-executivos do Ibope capta, um mês depois do início da campanha, as reações dos eleitores após o acirramento dos ataques entre os candidatos na reta final. Os dados mostram, porém, que a estratégia ainda não surtiu efeito. O atual presidente segue com o mesmo índice de rejeição: 50% dos eleitores afirmam que não votariam de jeito nenhum nele. Já Lula tem rejeição de 33%, contra 35% na pesquisa anterior. Além disso, 15% dos entrevistados não votariam em Ciro, e 6% não escolheriam Tebet.

Avaliação de governo

Já a avaliação positiva do governo soma os mesmos 30% do último levantamento, enquanto os que avaliam a gestão como ruim ou péssima oscilaram dois pontos para cima e são 47%. Outros 22% dizem que o governo Bolsonaro é regular.

Na simulação de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente seria eleito com 54% das intenções de votos, contra 35% do candidato do PL. Há uma semana, Lula marcava 53% nesse cenário, enquanto Bolsonaro atingia 36%.

A pesquisa Ipec não trouxe mudanças em relação à decisão do voto: 80% dos eleitores brasileiros dizem estar decididos em quem irão votar para presidente, e 19% ainda podem mudar, um ponto a menos que no levantamento da última semana. Enquanto os eleitores de Lula e Bolsonaro estão mais convictos, entre os de Ciro, 53% ainda podem mudar de ideia. O índice chega a 60% entre os de Tebet.

Os recortes da pesquisa Ipec revelam alguns movimentos, apesar do cenário de estabilidade no quadro geral. Lula segue com ampla vantagem entre os eleitores com menor renda. Na faixa até um salário mínimo, o petista tem 58%, três pontos a mais que na pesquisa anterior, quando marcou 55%. Já Bolsonaro tem 20%, quatro pontos a menos, mesmo após o aumento no valor pago pelo Auxílio Brasil no mês passado.

Lula também ampliou sua vantagem na faixa seguinte, com renda de um a dois salários, na qual marca 51%, contra 27% de Bolsonaro. Lula tem vantagem de 30 pontos entre eleitores que têm alguém do domicílio que recebe benefícios do governo federal.

O petista também continua a ter vantagem maior entre as mulheres. Entre elas, Lula tem 50% dos votos e Bolsonaro marca 27%. Entre os homens, a diferença entre os dois candidatos é de dez pontos.

Já Bolsonaro segue com vantagem entre os evangélicos. Não houve alteração significativa no placar. O presidente tem 48% dos votos, contra 32% de Lula, que oscilou um ponto para cima. Entre os católicos, o candidato do PT lidera com 53%, enquanto o do PL marca 26%.