Título: Arrecadação em novo recorde
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 24/11/2005, Economia & NEGÓCIOS, p. A17;18

Recolhimento de impostos bateu R$ 41 bilhões em outubro, graças a IR de empresas

A arrecadação de tributos e contribuições previdenciárias em outubro voltou a bater recorde. No mês passado, as secretarias da Receita Federal e da Receita Previdenciária - então reunidas - arrecadaram R$ 41,783 bilhões, valor inédito para o mês. Além disso, representa um crescimento de 4,35% sobre o mesmo mês do ano passado e de 9,16% sobre setembro. Mesmo com o fim da Super-Receita - a medida provisória que a criava deixou de vigorar na sexta-feira sem ter sido aprovada pelo Congresso -, a divulgação da arrecadação de tributos e contribuições previdenciárias ocorreu de forma conjunta ontem. Isso porque os dados são referentes a outubro, quando a Super-Receita ainda estava em funcionamento. No acumulado do ano, a arrecadação chega a R$ 394,667 bilhões - já descontada a inflação -, um aumento real de 5,54%. O resultado também é recorde para os dez primeiros meses deste ano. A arrecadação do mês de outubro das receitas previdenciárias foi de R$ 9,322 bilhões, um crescimento de 5,11% sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo nota distribuída ontem, o aumento da massa salarial colaborou para esse desempenho. No entanto, na comparação com setembro deste ano, também em termos reais, houve queda de 2,91%. Já a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) teve um crescimento de 32,82% e a da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) teve um aumento de 21,8%. Por diversas vezes o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tem repetido que o aumento da arrecadação total está vinculado a esses dois tributos, que foram beneficiados pelo aumento do faturamento e da lucratividade das empresas brasileiras.