Correio Braziliense, n. 21835, 28/12/2022. Política, p. 4

Servidores ensaiam posse

Raphael Felice


Com os preparativos a todo vapor, o Senado realizou na tarde de ontem o ensaio da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — marcada para 1º de janeiro de 2023. A primeira etapa da solenidade acontece nos salões do Congresso Nacional. O objetivo da simulação é cronometrar cada etapa do evento, além de auxiliar na marcação de militares que estarão presentes.

No ensaio, que durou cerca de três horas, os servidores do Senado fizeram o papel das principais autoridades envolvidas na cerimônia. A encenação teve início às 13h30, com a chegada das tropas militares que se posicionaram para receber os personagens de Lula, do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) e das primeiras-damas Janja e Lu Alckmin, respectivamente, na Alameda das Bandeiras — o ponto de partida.

O comboio presidencial chegou no local pouco depois das 14h. Na encenação, o carro do personagem do presidente eleito estacionou no início da rampa do Palácio do Congresso e o veículo do vice parou atrás. No dia da posse, Geraldo e Lu Alckmin serão recebidos pelo chefe do cerimonial da Câmara, enquanto Lula e Janja terão recepção do chefe do cerimonial do Senado.

Na parte plana da rampa do Congresso, os responsáveis pelos papéis dos empossados e das primeiras-damas encontraram os personagens dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Trâmite

De acordo com o rito, após os cumprimentos, Lula, Janja, Geraldo Alckmin, Lu Alckmin, Pacheco e Lira seguem pela rampa, em meio à guarda dos Dragões da Independência. Na entrada do Salão Negro, encontram a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, além do 1º Secretário do Congresso Nacional, o deputado federal Luciano Bivar (União-PE).

Eles seguirão pelos tapetes vermelhos colocados no Salão Negro e no Salão Verde, em meio a guarda de honra militar, até o Plenário da  Câmara dos Deputados — onde tomarão seus respectivos assentos na Tribuna de Honra para a sessão solene. Os representantes da Banda dos Fuzileiros Navais estarão posicionados nas galerias do Plenário para a execução do Hino Nacional.

Depois, haverá juramento constitucional; leitura do termo de posse; pronunciamento do presidente da República; palavras do presidente do Congresso Nacional; e encerramento.

Na semana passada, Janja e a equipe de Lula visitaram o Congresso Nacional para conhecer o roteiro da cerimônia. A mulher do presidente eleito é a responsável pela organização dos festejos e já anunciou que terá, na Esplanada dos Ministérios, a apresentação de shows de artistas que apoiaram o futuro chefe do Executivo durante o período eleitoral.

Os servidores do Senado também ensaiaram os procedimentos da posse em caso de chuva. Em vez de entrar pela rampa, Lula e Alckmin devem passar pela Chapelaria —  onde a entrada é coberta.

Segurança

A simulação também serve para as autoridades verificarem questões de segurança. O caso da bomba encontrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no último sábado, em Brasília, ligou o alerta vermelho nas autoridades. No Senado, as regras para entrada foram alteradas para garantir a segurança no dia da posse.

As visitações na Casa Legislativa estão proibidas e até mesmo credenciados precisam passar pelo detector de metais. A decisão foi tomada pelo diretor da Secretaria de Polícia Legislativa, Alessandro Morales, com autorização do presidente de Rodrigo Pacheco, e da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka.

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