Título: Noroeste pode ser realidade em 2005
Autor: Guilherme Queiroz
Fonte: Jornal do Brasil, 12/11/2004, Brasília, p. D8

Seduh anuncia que enviará estudos ao Ibama até o fim do mês

Um esperado impulso para a setor imobiliário pode começar a ganhar forma até o fim do mês. A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Diana Meirelles, anunciou a representantes da construção civil que encaminhará ao Ibama, até o final deste mês, o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) do Setor Noroeste, situado entre a Asa Norte e a Via Epia. Os executivos torcem para abrir os canteiros de obras até o fim do primeiro semestre do ano que vem. O anúncio foi feito, ontem, à diretoria da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), durante café da manhã organizado pela entidade. Os executivos querem saber quais são as perspectivas de o projeto sair do papel nos próximos seis meses, tendo em vista que, com a consolidação do Setor Sudoeste e de Águas Claras, as oportunidades de investimento em moradias de classes média e média alta estão se esgotando.

- Hoje, a única área com capacidade para manter o setor em atividade é Águas Claras. Mas, a cada dia que passa, as áreas disponíveis vão se esgotando rapidamente - afirma o presidente da Ademi, Adalberto Valadão.

Ele afirma que, com a atual demanda pela construção de novos imóveis, a ''luz amarela'' já se acendeu para o setor, no DF. Segundo Valadão, algumas empresas estão buscando oportunidades em outros estados, já que a disponibilidade de áreas destinadas a grandes empreendimentos residenciais, além do Noroeste, ainda não estão nos planos da Terracap.

- É uma assunto que já gerando alguma preocupação e um prazo razoável para começar as obras seria até o fim do primeiro semestres de 2005. Esperamos que o governo resolva essa questão o mais rápido possível - pondera Valadão.

Com a previsão movimentar mais de R$ 1 bilhão em investimentos, o Noroeste seria a aguardada solução para que o setor imobiliária não entre em crise no DF. Ao todo, serão 220 projeções distribuídas em 20 superquadras. Há ainda a necessidade de se construir os comércios locais e o prédios do governo. Para consolidar o empreendimento, a Ademi prevê a criação de cerca de 10 mil empregos durante os dez anos previstos até sua consolidação.

A secretária Diana Meirelles não quis adiantar um prazo para início das obras, mas afirmou que o Noroeste é prioritário para o GDF. Aproveitou o encontro para fornecer informações sobre a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF e sobre os Planos Diretores Locais ) da área tombada, Lago Sul, Lago Norte e Guará. Ele prevê que todos devem ser encaminhados para análise na Câmara Legislativa, até o início de 2005.