Correio Braziliense, n. 21847, 09/01/2023. Política, p. 4

Bolsonaro rebate acusações

Aline Brito


De Orlando, nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para comparar as depredações em Brasília praticadas por apoiadores dele com manifestações promovidas pela esquerda em 2013 e 2017.

“Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, escreveu o ex-presidente.

Bolsonaro ressaltou que sempre defendeu a democracia. “Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição, respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade”, afirmou. Além disso, o ex-presidente aproveitou a aparição para repudiar as falas de Lula, que apontou o ex-presidente como incentivador dos atos antidemocráticos. “Repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”, concluiu.

Bolsonaristas

A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro e atual senadora, condenou os atos terroristas: “Invadir e depredar patrimônio público/privado jamais será a solução. Nossa oposição [à esquerda] deve ser feita de forma pacífica e por meio de instrumentos previstos na CF [Constituição Federal]”, escreveu no Twitter.

Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações de Bolsonaro, e Tarcísio Gomes Freitas, atual governador de São Paulo e aliado do antigo governo, também usaram o Twitter para repudiar os danos causados ao patrimônio público. “Manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos”, opinou Freitas. “Cenas injustificáveis e lamentáveis que merecem todo o repúdio”, completou Faria.

O ex-juiz Sérgio Moro, eleito senador, foi um dos primeiros apoiadores do ex-presidente a criticar a violência dos bolsonaristas que, para ele, “precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave”.

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