Correio Braziliense, n. 21848, 10/01/2023. Política, p. 4
Senado vota em plenário
Raphael Felice
O presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), convocou sessão para votar o decreto de intervenção na segurança do DF, aprovado ontem na Câmara. Segundo o senador, a presença dos parlamentares no Plenário dará uma demonstração de força ao Parlamento e à democracia.
“Vamos fazer nossa reunião no plenário do Senado e terá um simbolismo. Será uma resposta e demonstração de força a esses grupos de que eles não impedirão o trabalho dos Poderes, não haverá prática terrorista que impedirá a nossa missão constitucional”, disse o vice-Presidente do Senado, que também afirmou que todas as lideranças de esquerda, direita ou de centro repudiaram veementemente os ataques terroristas.
O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a Brasília às 20h30 da noite de ontem. Ele estava em viagem na Europa, mas retornou após a emergência por conta dos ataques terroristas.
Lideranças do governo presentes nas reuniões de ontem, como o líder no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também têm interesse na convocação de uma sessão do Congresso Nacional para votar vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro à Lei de Segurança Nacional (LSN).
O ex-presidente vetou cinco trechos da LSN. Entre eles, estão medidas relacionadas ao combate às fake news, que previa de punição a atos de “comunicação enganosa em massa”, e outra que previa o aumento em um terço da pena de crimes contra o Estado Democrático de Direito cometidos por funcionário público, ou com atos violentos ou ameaças graves com uso de arma de fogo.
“Vou pedir que a gente possa colocar em caráter de urgência esses vetos em votação para que a gente possa derrubar. Hoje, mais do que nunca, além das prisões das pessoas que tiveram envolvimento direto, nós temos que chegar aos financiadores”, disse a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Também foi confirmada por lideranças do governo a possibilidade de instalação da CPI do Senado para investigar os atos de terrorismo e os movimentos antidemocráticos.
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