Correio Braziliense, n. 21855, 17/01/2023. Política, p. 3

Torres sem regalias



Promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) estiveram, ontem, no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, onde vistoriaram as condições em que está preso o ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres.

O MPDFT confirmou que os promotores foram ao local para inspecionar a cela de Torres, e ressaltou que não foram constatados privilégios para o ex-ministro da Justiça, que é delegado da Polícia Federal.

Torres foi preso no sábado, após desembarcar no aeroporto de Brasília. Em seguida, encaminhado ao batalhão onde passou por uma audiência de custódia e, agora, aguarda para prestar depoimento à Justiça, na investigação sobre os atos terroristas do dia 8.  

Ele estava de férias em Miami, nos EUA, quando teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Justiça investiga eventual omissão de Torres em relação aos atos criminosos.

Habeas corpus

O pedido de habeas corpus (HC) preventivo para Torres e para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está no STF, será decidido pelo ministro Ricardo Lewandowski. A ação foi distribuída no início de ontem, após ser protocolada no último sábado, antes da prisão do ex-secretário.

Como Torres está preso, o objeto do processo fica prejudicado, ao passo em que o mérito acerca de Bolsonaro poderá ser julgado. Não há pedido de prisão contra o ex-presidente.

Não há, regimentalmente, prazo para que o ministro decida, restando assim mais de uma hipótese: se manifestar em decisão abreviada sobre o pedido ou não analisar liminarmente a ação com celeridade. (Colaborou Kelly Hekally)

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