Título: Curtas de Brasília ganham
Autor: Soraia Costa
Fonte: Jornal do Brasil, 01/12/2005, Brasília, p. D8

Entre os curta-metragens, os filmes da cidades foram os grandes vencedores. Como terceiro maior pólo produtor de filmes do País, o DF mostrou que tem não apenas volume, mas também qualidade em seu cinema. Rap, o canto da Ceilândia, de Adirley Queiroz, foi considerado o melhor curta em 35mm, tanto pelo júri oficial quanto pelo público e recebeu R$ 40 mil, dez latas de negativos e dois troféus Candango como prêmio. Érico Cazarré, estudante do último semestre de Graduação em Cinema na Universidade de Brasília, recebeu dois prêmios pelo curta em 16mm Macacos me mordam. A produção foi considerada melhor filme 16mm pelo júri oficial e pela Câmara Legislativa. Como prêmio, recebeu R$ 20 mil e mais cinco latas de negativo.

O vencedor do prêmio Câmara Legislativa na categoria curta 35 mm foi Mamãe tá na Geladeira, dirigido por Douro Moura e estrelado por Jovane Nunes, da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo. O diretor de fotografia do filme, Roger Madruga, afirmou que hoje é possível fazer cinema em Brasília. Ele reclamou da falta de participação do Pólo de Cinema.

- Fala-se dos 15 anos do Pólo, mas ninguém vai lá. O acesso é ruim. Precisa ser asfaltado - disse Madruga.

Outro destaque na premiação do 38º Festival de Cinema de Brasília foi o curta-metragem 35mm Rapsódia Para um Homem Comum, do pernambucano Camilo Cavalcante. O filme recebeu os prêmios de melhor direção e melhor ator, concedido a Cláudio Jaborandi, e foi escolhido o melhor curta 35mm pela crítica cinematográfica.

- Cada filme que passou aqui é muito interessante. Não existe um melhor filme. Isso não é uma disputa de corrida de 100 metros - falou Camilo em seu discurso.

A produção foi adquirida pelo Canal Brasil, juntamente com documentário O Som da Luz do Trovão, também de Pernambuco. Cada um dos filmes recebeu um prêmio incentivo no valor de R$ 5 mil. (S.C.)