Correio Braziliense, n. 21860, 22/01/2023. Político, p. 5

Bloqueio sobe para R$ 18,5 milhões

Roberto Fonseca


A Justiça Federal atendeu a Advocacia-Geral da União (AGU) e ampliou a retenção legal de bens de envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, na Esplanada dos Ministérios. Em decisão tomada na noite de sexta-feira e tornada pública ontem, o juiz Francisco Alexandre Ribeiro, da 8ª Vara Federal de Brasília, aumentou para R$ 18,5 milhões o bloqueio de bens de pessoas físicas e empresas acusadas de financiar a baderna, na Praça dos Três Poderes, dois domingos atrás.

Em 12 de janeiro, Francisco Ribeiro já havia determinado o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens dos supostos financiadores dos atos golpistas. No novo pedido, a AGU informa que o novo valor se refere aos prejuízos com a depredação das instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a AGU, o bloqueio vai atingir bens móveis e imóveis de 52 pessoas e sete empresas. "Nesse contexto, ante informações supervenientes, constata-se que o dano mínimo estimado se encontra subdimensionado, motivo pelo qual a União vem a juízo requerer o aditamento da inicial para alterar e acrescer novo elemento a causa de pedir e novo pedido atinente à majoração do dano outrora estabelecido como parâmetro para a concessão da cautelar patrimonial", justificou a AGU.