Correio Braziliense, n. 21864, 26/01/2023. Política, p. 3

Pedido de investigação

Francisco Artur


O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigação de 23 extremistas que cometeram atos de vandalismo na Casa, em 8 de janeiro. Os envolvidos foram identificados pela polícia legislativa.  

De acordo com a assessoria de comunicação de Pacheco, o pedido à PGR vem sendo elaborado pela Advocacia do Senado e será enviado nos próximos dias. 

Além de depredarem a estrutura do prédio, os golpistas danificaram obras de arte e objetos com valores históricos. Entre os quais, um painel de Athos Bulcão e a tapeçaria de Burle Marx, em cima da qual os bolsonaristas urinaram depois de rasgar. Além disso, vandalizaram um tinteiro de bronze da época do Brasil Império.

Na entrada da Presidência do Senado, um quadro de Guido Mondin foi destruído. Ao todo, o prejuízo é de cerca de R$ 4 milhões.

Os suspeitos de invadir e vandalizar os prédios dos Três Poderes são punidos com o cumprimento de prisões preventivas.

Ao todo, segundo a Secretaria de Assuntos Penitenciários do Distrito Federal, em balanço divulgado ontem, 1.350 suspeitos de participar dos atos terroristas sofreram punições. Desses, há 930 presos em regime fechado e 450 pessoas que usam tornozeleira eletrônica. Mesmo que boa parte dos detidos estejam no DF, há presos em outras regiões do país.

 No último dia 13, Pacheco entregou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido para que fosse mantida a prisão de 38 envolvidos nos ataques ao Congresso — detidos pela polícia legislativa — e o bloqueio de bens deles.

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